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Novembro 2021


Rota dos Castanheiros

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Porque as florestas são os pulmões verdes do nosso planeta, demos hoje o nosso contributo plantando castanheiros na nossa Serra da Gardunha e caminhando pelas suas belas encostas. Contribuímos assim para o Pacto Ecológico Europeu melhorando o bem-estar e a saúde dos cidadãos e das gerações futuras!

Esta iniciativa contou com a parceria entre o Gardunha Viva - Associação de Montanhismo do Fundão, Município do Fundão e o Europe Direct Região Beira Interior.

Estiveram envolvidos quase três centenas de participantes entre eles mais de 30 jovens estudantes Erasmus que deram o seu contributo na plantação das árvores.

Comissão propõe possibilidades de pesca no Atlântico, Kattegat e Skagerrak para 2022



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A Comissão publicou hoje a sua proposta relativa às capturas de unidades populacionais de peixes no oceano Atlântico, no Kattegat e no Skagerrak.

Com base nesta proposta, os ministros da UE responsáveis pelas Pescas adotarão as possibilidades de pesca definitivas no Conselho, de 13-14 de dezembro de 2021, e aplicáveis a partir de 1 de janeiro de 2022.

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Pacto Ecológico Europeu: Comissão adota novas propostas para travar desflorestação, inovar gestão sustentável de resíduos e tornar solos mais saudáveis em prol das pessoa

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A Comissão adotou hoje três novas iniciativas essenciais para tornar o Pacto Ecológico Europeu uma realidade.

A Comissão propõe novas regras para travar a desflorestação impulsionada pela UE, bem como novas regras para facilitar as transferências de resíduos dentro da UE, a fim de promover a economia circular e combater a exportação de resíduos ilegais e os problemas associados aos resíduos para países terceiros. A Comissão apresenta ainda uma nova estratégia de proteção do solo, com o objetivo de que todos os solos europeus sejam recuperados, resilientes e adequadamente protegidos até 2050. Com as propostas hoje adotadas, a Comissão apresenta instrumentos para avançar rumo à economia circular e proteger a natureza, bem como reforçar as normas ambientais na União Europeia e no mundo.

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Semestre Europeu - pacote de outono: sair fortalecidos da crise e tornar a Europa mais ecológica e mais digital



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O pacote de outono do Semestre Europeu engloba a Análise Anual do Crescimento Sustentável, os pareceres sobre os projetos de planos orçamentais (PPO) dos Estados-Membros da área do euro para 2022, as recomendações estratégicas para a área do euro e a proposta de relatório conjunto sobre o emprego da Comissão.


O pacote tem por base as previsões económicas do outono de 2021, que assinalaram que a economia europeia está a passar de uma fase de retoma para uma fase de expansão, mas enfrenta atualmente um novo período de turbulência.


Análise Anual do Crescimento Sustentável


A Análise Anual do Crescimento Sustentável deste ano propõe para 2022 um programa ambicioso, afastando a UE da gestão da crise e reorientando-a para uma retoma sustentável e equitativa, com vista a reforçar a resiliência da sua economia. Define igualmente a forma como o Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR), o vetor essencial do instrumento NextGenerationEU, será mais profundamente integrado no novo ciclo do Semestre Europeu, de molde a assegurar sinergias entre ambos os processos e evitar a imposição de uma carga administrativa desnecessária aos Estados-Membros. Além disso, a Análise Anual do Crescimento Sustentável especifica como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) serão integrados em maior grau no Semestre Europeu, a fim de proporcionar uma informação plenamente atualizada e coerente a este respeito em todos os Estados-Membros.


O Mecanismo de Recuperação e Resiliência, dispõe de um orçamento de 723,8 mil milhões de euros, a conceder sob a forma de subvenções e empréstimos, e desempenhará um papel fulcral na criação de uma economia resiliente que colocará a equidade no seu âmago. Graças à integração das prioridades da UE no MRR, o Semestre Europeu poderá doravante melhor orientar os Estados-Membros com vista a garantir o êxito da dupla transição ecológica e digital e a criar uma economia da UE mais resiliente.


Até à data, a Comissão aprovou 22 planos nacionais de recuperação e resiliência, que foram todos subscritos pelo Conselho. Isto permitiu desbloquear o desembolso de um pré-financiamento no montante de 52,3 mil milhões de euros a favor de 17 Estados-Membros desde agosto de 2021. No total, os planos aprovados pelo Conselho até à data englobam subvenções no valor de 291 mil milhões de euros e empréstimos no montante de 154 mil milhões de euros. A ênfase passou a colocar-se doravante na execução prática dos planos de recuperação.


O desembolso das verbas de pré-financiamento ao abrigo do MRR já começou a contribuir de forma profícua para as quatro dimensões da sustentabilidade competitiva delineadas na Análise Anual do Crescimento Sustentável: sustentabilidade ambiental, produtividade, equidade e estabilidade macroeconómica.


A Comissão insta igualmente os Estados-Membros a assegurar que as reformas e os investimentos nacionais tenham em conta as prioridades identificadas na Análise Anual do Crescimento Sustentável.


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Pareceres sobre os Projetos de Planos Orçamentais dos Estados-Membros da área do euro


Os pareceres da Comissão sobre os PPO de 2022 baseiam-se nas recomendações de política orçamental adotadas pelo Conselho em junho de 2021. Têm em conta o facto de que a cláusula de derrogação de âmbito geral do Pacto de Estabilidade e Crescimento continuará a ser aplicável em 2022.


Os Estados-Membros têm vindo a eliminar as medidas temporárias de emergência e a colocar uma ênfase cada vez maior nas medidas de apoio destinadas a manter o dinamismo da retoma. Em 2022, as subvenções do MRR financiarão, no total, 24 % das medidas de apoio à recuperação. A absorção das subvenções provenientes do MRR deverá concentrar-se na fase inicial: os Estados-Membros deverão despender mais de 40 % do montante total das subvenções concedidas ao abrigo do MRR, na condição de serem cumpridos os objetivos intercalares e as metas aos quais as decisões de desembolso se encontram subordinadas. Projeta-se que os investimentos financiados a nível nacional sejam preservados ou globalmente mantidos em 2022 em todos os Estados-Membros, conforme recomendado pelo Conselho.


A orientação orçamental da área do euro deverá assumir uma natureza expansionista no período de 2020-2022. O contributo positivo decorrente do investimento público e de outras despesas de capital financiadas pelos orçamentos nacionais e da UE é importante, mas as despesas correntes primárias líquidas financiadas a nível nacional constituirão o principal motor da expansão orçamental em 2021 e 2022. Em vários Estados-Membros, incluindo alguns países fortemente endividados, a orientação orçamental expansionista projetada deverá ser impulsionada pelo aumento das despesas correntes financiadas a nível nacional ou por uma redução nos impostos não financiados. Nalguns casos, isto deverá ter uma incidência significativa na situação orçamental subjacente. Em cerca de um quarto dos Estados-Membros, a orientação orçamental expansionista deverá ser impulsionada pelo investimento, financiado tanto a nível nacional como a nível da UE.


Recomendação para a área do euro e Relatório sobre o Mecanismo de Alerta


A recomendação relativa à política económica da área do euro emite conselhos específicos a cada Estado-Membro que dela fazem parte no que se refere às problemáticas que afetam o funcionamento da área do euro no seu conjunto. Os Estados-Membros da área do euro deverão tomar medidas ao longo do período 2022-2023, a título individual e coletivo no âmbito do Eurogrupo, a fim de continuar a utilizar e a coordenar as políticas orçamentais nacionais para apoiar de forma eficaz uma recuperação sustentável. A recomendação apela à manutenção de uma orientação orçamental moderadamente expansionista em toda a área do euro em 2022, devendo as medidas de política orçamental orientar-se progressivamente no sentido de investimentos que promovam uma recuperação resiliente e sustentável. De igual forma, salienta a importância de passar de medidas de emergência para medidas de relançamento nos mercados de trabalho, garantindo políticas ativas do mercado de trabalho eficazes, em consonância com a Recomendação da Comissão sobre um apoio ativo eficaz ao emprego na sequência da crise da COVID-19 (EASE). Os Estados-Membros da área do euro devem manter uma política orçamental flexível para poderem reagir em caso de ressurgimento dos riscos inerentes à pandemia. Logo que as condições económicas o permitam, os Estados-Membros da área do euro devem prosseguir políticas orçamentais destinadas a alcançar situações orçamentais prudentes a médio prazo e a garantir a sustentabilidade da dívida, reforçando simultaneamente o investimento. A recomendação apela igualmente à prossecução dos trabalhos com vista à conclusão da União Bancária, ao reforço do papel internacional do euro e à concessão de apoio ao processo de criação do euro digital.


O Relatório sobre o Mecanismo de Alerta (RMA) é um instrumento de análise que visa detetar potenciais desequilíbrios macroeconómicos. O RMA deste ano conclui que se justificam apreciações aprofundadas para doze Estados-Membros, designadamente, Croácia, Chipre, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Países Baixos, Portugal, Roménia, Espanha e Suécia. Estes Estados-Membros foram objeto de uma apreciação aprofundada no anterior ciclo anual de supervisão do procedimento relativo aos desequilíbrios macroeconómicos (PDM), no âmbito do qual se considerou que a Croácia, a França, a Alemanha, a Irlanda, os Países Baixos, Portugal, a Roménia, a Espanha e a Suécia apresentavam desequilíbrios enquanto Chipre, a Grécia e a Itália denotavam desequilíbrios excessivos. As novas apreciações aprofundadas avaliarão a evolução desses desequilíbrios, a sua gravidade e as medidas tomadas pelos Estados-Membros para os suprir, a fim de atualizar as avaliações existentes e determinar as eventuais necessidades estratégicas que subsistem.


Medidas ao abrigo do Pacto de Estabilidade e Crescimento no que respeita à Roménia


A Roménia está sujeita ao procedimento relativo aos défices excessivos(PDE) desde abril de 2020 por ter excedido, em 2019, o limiar do défice estabelecido no Tratado. Em junho de 2021, o Conselho adotou uma nova recomendação dirigida à Roménia no sentido de pôr termo ao défice orçamental excessivo do país até 2024, o mais tardar.


Dado ter sido alcançado o objetivo intercalar para 2021, a Comissão considera que não é necessário tomar, na fase atual, novas medidas no âmbito do PDE relativamente à Roménia. Reavaliará a situação orçamental do país assim que um novo governo apresentar um orçamento para 2022 e uma estratégia orçamental de médio prazo.


Relatório de supervisão reforçada e relatórios de supervisão pós-programa


O décimo segundo relatório de supervisão reforçada relativo à Grécia conclui que o país continuou a avançar em direção ao cumprimento dos compromissos acordados, não obstante os atrasos registados em alguns domínios que se prendem, em parte, com as circunstâncias difíceis provocadas pela pandemia de COVID-19 e pelos incêndios florestais catastróficos que ocorreram em agosto de 2021. O relatório poderá servir de base a uma decisão do Eurogrupo sobre a ativação do próximo conjunto de medidas relativas à dívida sujeitas a condicionalidade.

Os relatórios de supervisão pós-programa relativos a Espanha, Portugal, Chipre e Irlanda indicam que estes quatro Estados-Membros conservam todos a capacidade de assegurar o serviço da sua dívida.


Proposta de Relatório conjunto sobre o emprego


O Relatório conjunto sobre o emprego (RCE) confirma a recuperação do mercado de trabalho, apesar de o emprego ainda não ter regressado aos níveis registados antes da crise. O surto de COVID-19 afetou, em especial, os jovens, os trabalhadores que ocupam formas atípicas de emprego, os trabalhadores por conta própria e os nacionais de países terceiros. Os setores com elevada procura já enfrentam uma escassez de mão de obra. Paralelamente, várias empresas que sobreviveram à crise deparam-se com grandes dificuldades financeiras e alguns postos de trabalho poderão vir a desaparecer, enquanto outros serão criados graças à dupla transição ecológica e digital. Neste contexto, assume particular importância a existência de políticas ativas do mercado de trabalho e, nomeadamente, de um apoio à transição profissional dos trabalhadores. A participação na educação e na formação de adultos continua longe de ser prática corrente em toda a UE e foi afetada pela pandemia, verificando-se profundas divergências consoante os Estados-Membros. Deste modo, continua a ser problemático garantir que as pessoas disponham das competências que serão exigidas pelos mercados de trabalho no futuro. Por último, os sistemas de proteção social contribuíram para superar a crise desencadeada pelo surto de COVID-19 sem agravar substancialmente os riscos de pobreza ou a desigualdade dos rendimentos. Isto explica-se igualmente pelo apoio substancial concedido a nível da UE e dos Estados-Membros, por exemplo através de regimes de tempo de trabalho reduzido e de outras medidas de manutenção do emprego introduzidas ou alargadas durante a crise e financiadas pelo instrumento SURE. Subsistem, todavia, lacunas em matéria de proteção social em inúmeros países, nomeadamente no que diz respeito aos trabalhadores atípicos e aos trabalhadores por conta própria. A análise realizada no RCE 2022 baseia-se no Painel de Indicadores Sociais revisto, que apoia doravante o acompanhamento de 18 dos 20 princípios do Pilar Europeu dos Direitos Sociais.

Tal contribuirá para avaliar de forma exaustiva os principais desafios sociais e em matéria de emprego existentes nos Estados-Membros. Na Cimeira Social do Porto, os dirigentes da UE aprovaram o Plano de Ação sobre o Pilar Europeu dos Direitos Sociais, que estabelece três grandes objetivos da UE em matéria de emprego, competências e redução da pobreza até 2030. Esses objetivos passaram a estar doravante integrados no RCE.


Declarações dos membros do Colégio de Comissários:


Segundo o vice-presidente executivo responsável por Uma Economia ao serviço das Pessoas, Valdis Dombrovskis: «À medida que passamos da gestão da crise para a realização de investimentos favoráveis ao crescimento no futuro, a prioridade consiste doravante em realizar as reformas e os investimentos que se impõem para que a Europa possa desencadear uma recuperação inclusiva, duradoura e sustentável. O Mecanismo de Recuperação e Resiliência proporcionará a estrutura de financiamento para o efeito, mas paralelamente os Estados-Membros podem também basear-se no Semestre Europeu que lhes indicará o rumo a seguir. As orientações periódicas emitidas neste contexto ajudarão os países a progredir em direção à dupla transição ecológica e digital e conferirão às suas economias o estímulo de que necessitam, para além de reforçar a nossa resiliência coletiva face a choques futuros. O Semestre permitir-lhes-á igualmente enfrentar novos riscos, bem como aqueles herdados do passado, que sejam suscetíveis de entravar a recuperação. Além disso, devemos empenhar-nos em reforçar as empresas, em proporcionar um maior número de empregos de qualidade, em eliminar os obstáculos ao investimento e em coordenar as políticas destinadas a preservar a sustentabilidade orçamental da UE.»


Paolo Gentiloni, comissário responsável pela Economia, afirmou: «A economia europeia regista um forte crescimento, mas enfrenta alguma turbulência: aumento acentuado dos casos de COVID, picos de inflação e problemas persistentes associados à cadeia de aprovisionamento. Esta conjuntura económica complexa exige políticas devidamente adaptadas: impõe-se manter o dinamismo da retoma e assegurar a transição para um modelo de crescimento mais sustentável, competitivo e inclusivo na era pós-pandemia. No que respeita à área do euro, preconizamos a adoção de uma orientação orçamental moderadamente expansionista para 2022, que coloque a ênfase no investimento, bem como em medidas destinadas a permitir a aquisição de novas competências pelos trabalhadores e a preservar a solvência das empresas viáveis. Os desequilíbrios macroeconómicos, que foram em muitos casos exacerbados pela pandemia, exigem especial atenção. O Mecanismo de Recuperação e Resiliência está atualmente a ser implementado em 22 países da UE, que deverão despender cerca de 40 % do seu montante total de subvenções já no ano de 2022 por si só. Garantir o êxito desta etapa constituirá talvez o maior desafio – e a maior oportunidade – ao longo do próximo ano.»


Por sua vez, Nicolas Schmit, comissário responsável pelo Emprego e os Direitos Sociais, declarou: «As políticas ativas do mercado de trabalho, nomeadamente os incentivos à aquisição de competências e à contratação, devem estar no âmago dos trabalhos que desenvolvemos com vista a atenuar os efeitos negativos da pandemia. Tal facilitará a transição entre os postos de trabalho e garantirá que a dupla transição ecológica e digital seja justa e inclusiva. Para além de um maior investimento em competências, é também imperativo melhorar as condições de trabalho, o que contribuirá para suprir a escassez de mão de obra em alguns setores. Temos vindo a apoiar os trabalhadores na transição para novos empregos duradouros, mas temos também de garantir a qualidade destes novos tipos de emprego.»


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Próximas etapas


A Comissão convida o Eurogrupo e o Conselho a debater este pacote de medidas e a apoiar orientações hoje apresentadas. A Comissão espera poder encetar um diálogo construtivo com o Parlamento Europeu sobre o teor deste pacote e a respeito de cada etapa ulterior do ciclo do Semestre Europeu.


Contexto


O Semestre Europeu proporciona um quadro consagrado para a coordenação das políticas económicas e de emprego dos Estados-Membros e continuará a desempenhar este papel no âmbito do processo de retoma e de avanço em direção à dupla transição ecológica e digital. As prioridades estratégicas estarão estruturadas, tal como em anos anteriores, em torno das quatro dimensões da sustentabilidade competitiva e em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.


O vetor fundamental do instrumento NextGenerationEU, ou seja, o Mecanismo de Recuperação e Resiliência dispõe de 723,8 mil milhões de euros a conceder sob a forma de empréstimos e subvenções para apoiar as reformas e os investimentos a realizar pelos países da UE. O seu objetivo consiste em atenuar o impacto económico e social da pandemia causada pelo coronavírus e em tornar as economias e sociedades europeias mais sustentáveis, mais resilientes e mais bem preparadas para enfrentar os desafios e as oportunidades inerentes à dupla transição ecológica e digital.

Democracia europeia: Comissão estabelece novas leis em matéria de publicidade política, direitos eleitorais e financiamento dos partidos

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A Comissão Europeia apresentou hoje uma proposta sobre a transparência e o direcionamento da publicidade política, no âmbito das medidas destinadas a salvaguardar a integridade eleitoral e a abertura do debate democrático.

As regras propostas exigem que qualquer anúncio político seja claramente identificado enquanto tal e que inclua informações sobre as fontes e o montante de financiamento. As técnicas de direcionamento e de amplificação das campanhas políticas terão de ser explicadas publicamente com um nível de detalhe sem precedentes e serão proibidas em caso de utilização de dados pessoais sensíveis sem consentimento explícito das pessoas em causa. Além disso, a Comissão propôs a atualização das regras vigentes da UE relativas aos cidadãos móveis da UE e ao direito de voto destes cidadãos nas eleições municipais e europeias, bem como das regras aplicáveis aos partidos políticos europeus e às fundações políticas europeias.

Věra Jurová, Vice-Presidente dos Valores e Transparência, declarou: «As eleições não devem ser uma competição de métodos opacos e não transparentes. As pessoas devem saber por que motivo veem um anúncio, quem o pagou, quanto foi pago e quais os critérios de microdirecionamento utilizados. As novas tecnologias devem ser ferramentas de emancipação, não de manipulação. Esta proposta ambiciosa trará um nível de transparência sem precedentes às campanhas políticas e limitará as técnicas opacas de direcionamento.»

Didier Reynders, Comissário da Justiça, afirmou: «A realização de eleições justas e transparentes é parte integrante de uma sociedade dinâmica e funcional. Por esta razão devemos apoiar uma participação inclusiva e equitativa nas eleições de 2024 para o Parlamento Europeu e nas eleições autárquicas em toda a UE. Com a proposta sobre a publicidade política, garantimos a segurança da utilização de dados pessoais no contexto do direcionamento das campanhas políticas, protegendo o processo democrático. Juntos, avançamos no nosso trabalho comum em prol da democracia.»


Regras claras em matéria de transparência e de direcionamento da publicidade política


Numa época de transição digital, é importante que as pessoas percebam facilmente se estão perante um conteúdo político pago — em linha e fora de linha — e que possam participar em debates abertos, sem desinformação, interferências e manipulação. As pessoas devem poder ver claramente quem patrocina as campanhas políticas e quais as razões do patrocínio. As principais medidas da proposta de regulamento sobre a transparência e o direcionamento dos anúncios políticos incluem:


Âmbito de aplicação: Os anúncios políticos passam a abranger os anúncios feitos por, para ou em nome de um interveniente político, bem como os anúncios sobre questões sociais e políticas (os chamados «issue-based ads»), suscetíveis de influenciar os resultados de eleições ou referendos, os processos legislativos ou regulamentares e os comportamentos de voto.

Advertências de transparência: A publicidade política paga tem de conter advertências que a identifiquem claramente e fornecer um conjunto de informações essenciais. Tal inclui o nome do patrocinador afixado de forma bem visível e um aviso de transparência facilmente identificável contendo: i) o montante gasto no anúncio político, ii) as fontes dos fundos utilizados e iii) a ligação entre o anúncio e as eleições ou os referendos pertinentes.

Condições estritas para o direcionamento e a amplificação: São proibidas as técnicas de direcionamento e de amplificação das campanhas políticas que utilizem ou infiram dados pessoais sensíveis, como a origem étnica, a religião ou a orientação sexual. Estas técnicas só serão permitidas mediante consentimento explícito da pessoa em causa. O direcionamento também poderá ser permitido no contexto de atividades legítimas de fundações, associações ou organismos sem fins lucrativos que tenham um objetivo político, filosófico, religioso ou sindical, quando visar os seus próprios membros. Pela primeira vez, será obrigatório incluir nos anúncios informações claras sobre a base do direcionamento em causa e divulgar os grupos de pessoas que são objeto de direcionamento, bem como os critérios e os instrumentos ou métodos de amplificação utilizados, entre outros. As organizações que recorram ao direcionamento e à amplificação das campanhas políticas terão de adotar, aplicar e publicar a política interna de utilização dessas técnicas. Se não for possível cumprir todos os requisitos de transparência, o anúncio político não poderá ser publicado.

Aplicação de coimas em caso de incumprimento: Os Estados-Membros terão de aplicar coimas eficazes, proporcionadas e dissuasivas em caso de incumprimento das regras em matéria de transparência da publicidade política. De acordo com a proposta de regulamento, as autoridades nacionais de proteção de dados controlarão especificamente a utilização de dados pessoais nas práticas de direcionamento político e poderão aplicar coimas em conformidade com as regras da UE em matéria de proteção de dados.

Atualização das regras da UE aplicáveis aos partidos políticos e fundações políticas da UE e aos direitos eleitorais


A Comissão propôs igualmente a revisão das regras da UE em matéria de financiamento dos partidos políticos europeus e das fundações políticas europeias. O quadro atual apresentava várias lacunas que impediam os partidos políticos europeus e as fundações políticas europeias de funcionar e de cumprir a sua missão de representação da voz dos cidadãos europeus. As atualizações do regulamento visam facilitar as interações entre os partidos políticos europeus e os seus partidos membros nacionais e além-fronteiras, aumentar a transparência, em especial no que diz respeito à publicidade política e aos donativos, reduzir os encargos administrativos excessivos e aumentar a viabilidade financeira dos partidos políticos europeus e das fundações políticas europeias.


Por último, a Comissão propôs a atualização das regras vigentes em matéria de eleições europeias e municipais para os cidadãos da UE que residem num Estado-Membro diferente do seu Estado de nacionalidade («cidadãos móveis da UE»). Embora existam cerca de 13,5 milhões de cidadãos nesta situação, muito poucos exercem o seu direito de voto nas eleições europeias e autárquicas. A fim de assegurar uma participação inclusiva antes das eleições europeias de 2024, a Comissão propõe alterações específicas às diretivas em vigor em matéria de direitos eleitorais, incluindo a obrigação de informar proativamente esses cidadãos sobre os seus direitos eleitorais, de adotar modelos normalizados para se inscreverem como eleitores ou candidatos e de utilizar uma língua que seja amplamente falada pelos cidadãos móveis da UE que residam num determinado território. A proposta também inclui salvaguardas para que os cidadãos móveis da UE não sejam eliminados dos cadernos eleitorais do seu país de origem.

Próximos passos

As propostas serão agora debatidas pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho. Para que as eleições de 2024 para o Parlamento Europeu possam ser realizadas de acordo com os mais elevados padrões democráticos, as novas regras deverão entrar em vigor e ser plenamente aplicadas pelos Estados-Membros até à primavera de 2023, ou seja, um ano antes das eleições.


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